JESSEANTENADO

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

GREVE DOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL NÃO RECEBE APOIO DA MAIORIA DA CATEGORIA


Ao avaliar os relatórios do movimento grevista, que revelam uma pequena adesão por parte de diretores e professores, a secretária de Estado da Educação, Betania Ramalho, voltou a agradecer aos profissionais que decidiram pela manutenção de suas aulas. “Os professores foram decisivos para garantir o direito dos alunos de continuar o ano letivo sem interrupção. Eram eles que poderiam dizer se a greve iria se consolidar ou não e, até o momento, os relatórios mostram que o índice de adesão é muito baixo. A própria imprensa tem ido às escolas e comprovado os nossos números. Por esse motivo, agradeço, em nome dos 300 mil alunos da rede, a manutenção das aulas”, afirmou Betania.

“Acredito que os professores estão entendendo e compartilhando do nosso esforço, em corrigir o rumo da educação da rede estadual para que eles próprios tenham melhores condições de trabalho, reconhecimento e possam avançar na oferta de uma educação de qualidade. Nós precisamos aproveitar a oportunidade dada pela governadora Rosalba Ciarlini em apoiar incondicionalmente o projeto de educação que vem sendo realizado por um grupo de técnicos à frente da Secretaria da Educação há 32 meses”, destacou a secretária.

Betania Ramalho reafirmou que suas posições firmes são em defesa do aluno, do professor e da educação pública do Estado. “Essa Educação tão massacrada pela ingerência política, com a passagem de nove Secretários de Estado, em oito anos de governo”, pontua. A secretária tem destacado que sem uma responsabilidade compartilhada entre os governos federal, estadual e o municipal, não será possível resolver o déficit de qualidade da Educação Básica pública. “Não se constrói um sistema de ensino de qualidade sem uma mudança no perfil dos professores e em suas condições profissionais. Que os Royaltes do petróleo e a parcela do PIB para a Educação pública possam ser focados nessa mudança necessária”, disse Betania.

“Somente com a construção de uma carreira docente nacional, com um equilíbrio entre a carreira, o salário e as condições de trabalho dos professores das redes estaduais e municipais, nos mesmos moldes do que é dado aos professores dos Institutos Federais, a nação conseguirá resolver a injustiça para com o magistério da Educação Básica, entregue aos Estados e Municípios. Além disso, a Educação Pública, que geralmente é tida como a educação dos filhos dos outros, tem que tornar-se a educação de todos nós, independente da classe social ou econômica. Os países que avançaram no seu desenvolvimento, priorizaram uma educação pública de qualidade para todos”, continuou a professora.

Para a secretária, corrigir o rumo da Educação Pública implica, ainda, em combater o partidarismo e a ingerência política. “Não podemos mais admitir que a Educação seja utilizada como bandeira política para promoção daqueles que, na realidade, não tem comprometimento algum com a causa”, defendeu.

Sobre as negociações com o sindicato, Betania Ramalho acrescentou que continua aberta ao diálogo. “Embora o índice de adesão à greve esteja abaixo dos 10% em todo o Estado e o processo sobre o mérito da legalidade ainda esteja tramitando na Justiça, estamos abertos ao diálogo com o sindicato, instituição que considero indispensável para o avanço e a consolidação de uma categoria profissional”, concluiu a secretária. 

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