Uma das obras mais relevantes do governo da presidente Dilma Rousseff foi entregue na semana passada: o trecho da Ferrovia Norte-Sul que faz a ligação entre Anápolis, em Goiás, e Palmas, no Tocantins. Será uma importante rota para auxiliar no escoamento da safra de grãos do Centro-Oeste para os portos no Norte do país. A ferrovia, no entanto, foi concluída com atraso de três anos e meio em relação ao prazo originalmente previsto. Nesse período, toneladas de soja tiveram de ser transportadas por caminhões até os terminais, acarretando um custo adicional de milhões de reais para os produtores. Trata-se de um caso exemplar da morosidade da melhoria das condições para os brasileiros que estão dispostos a produzir e a empregar. Sob uma perspectiva mais abrangente, o cenário é ainda mais assustador. Nos últimos quatro anos, o país retrocedeu na corrida global como ambiente para quem deseja fazer negócios, quando analisados todos os ingredientes que influenciam o dia a dia do empreendedor. O crescimento econômico desacelerou, a inflação voltou a ser um mal cotidiano e idas e vindas nas regras para a cobrança de impostos dificultam o planejamento, entre tantos outros obstáculos. O que os brasileiros já testemunhavam acaba de ser traduzido em números pelo mais recente levantamento da escola suíça de negócios IMD sobre a competitividade de sessenta das maiores economias do mundo. Pelo quarto ano seguido, o Brasil perdeu posições: é agora a 54" mais competitiva, à frente apenas de Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela. Em 2010, o país ocupava a 38- colocação. Mais de 300 variáveis são avaliadas, a partir de estatísticas e entrevistas com mais de 1000 executivos que trabalham no país.
Os resultados são preocupantes porque revelam o tamanho do desânimo no setor privado. Nem mesmo na crise de 2008 o Brasil esteve tão mal, na visão dos entrevistados. Alguns dos gargalos que afundam a competitividade das empresas brasileiras já são bem conhecidos: baixa exposição ao comércio internacional, governo ineficiente em fornecer as condições propícias para os negócios e baixa produtividade nas companhias. Mas o país também piorou no último ano em critérios em que havia avançado no passado recente: é o caso do desempenho da economia doméstica e da disponibilidade de mão de obra. "O Brasil de 2013 era mais competitivo que o de 2014. Não só não estamos evoluindo como estamos regredindo", afirma Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral (FDC), responsável pela coleta e análise dos dados nacionais. Segundo ele, a escassez de medidas para melhorar as condições para realizar negócios cria um efeito negativo em cascata. Um exemplo é o lento avanço da infraestrutura, que derruba a produtividade das empresas. E isso afeta a capacidade de competir no mercado externo.
O estudo da IMD não está imune a ressalvas. Para a Brasil Investimentos & Negócios (Brain), uma associação privada criada para promover o país como polo de investimentos e negócios, não é concedido o devido peso ao fato de o mercado doméstico nacional ser um dos maiores do mundo, sem contar outras iniciativas recentes. ""O governo federal criou um ministério para pequenas e médias empresas. No Estado de São Paulo, há uma agência dedicada a melhorar as condições de negócios. São passos na direção certa de atacar a burocracia", diz Luiz Calado, diretor da Brain. Acertar no diagnostico de que mudanças são necessárias é um primeiro passo essencial. Mas ainda há muito a ser feito. Resume Arruda: "As reformas necessárias não podem mais ser encaradas pela ótica política, como se fossem legado deste ou daquele partido. É o país que precisa delas".
Os resultados são preocupantes porque revelam o tamanho do desânimo no setor privado. Nem mesmo na crise de 2008 o Brasil esteve tão mal, na visão dos entrevistados. Alguns dos gargalos que afundam a competitividade das empresas brasileiras já são bem conhecidos: baixa exposição ao comércio internacional, governo ineficiente em fornecer as condições propícias para os negócios e baixa produtividade nas companhias. Mas o país também piorou no último ano em critérios em que havia avançado no passado recente: é o caso do desempenho da economia doméstica e da disponibilidade de mão de obra. "O Brasil de 2013 era mais competitivo que o de 2014. Não só não estamos evoluindo como estamos regredindo", afirma Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral (FDC), responsável pela coleta e análise dos dados nacionais. Segundo ele, a escassez de medidas para melhorar as condições para realizar negócios cria um efeito negativo em cascata. Um exemplo é o lento avanço da infraestrutura, que derruba a produtividade das empresas. E isso afeta a capacidade de competir no mercado externo.
O estudo da IMD não está imune a ressalvas. Para a Brasil Investimentos & Negócios (Brain), uma associação privada criada para promover o país como polo de investimentos e negócios, não é concedido o devido peso ao fato de o mercado doméstico nacional ser um dos maiores do mundo, sem contar outras iniciativas recentes. ""O governo federal criou um ministério para pequenas e médias empresas. No Estado de São Paulo, há uma agência dedicada a melhorar as condições de negócios. São passos na direção certa de atacar a burocracia", diz Luiz Calado, diretor da Brain. Acertar no diagnostico de que mudanças são necessárias é um primeiro passo essencial. Mas ainda há muito a ser feito. Resume Arruda: "As reformas necessárias não podem mais ser encaradas pela ótica política, como se fossem legado deste ou daquele partido. É o país que precisa delas".
Fonte: Revista Veja
ACOMPANHE A POSIÇÃO DO PIB BRASILEIRO NO GOVERNO DILMA EM COMPARAÇÃO COM 60 PAÍSES
2010 38º
2011 44º
2012 46º
2013 51º
2014 54º ... E CONTINUA DESPENCANDO E A PETROBRÁS FALINDO...
OS PAÍSES MAIS COMPETITIVOS DO MUNDO
1º EUA
2º SUIÇA
3º SINGAPURA
4º HONG KONG
5º SUÉCIA
E ENTRE OS EMERGENTES
31º CHILE
38º RÚSSIA
40º TURQUIA
41º MÉXICO
44º ÍNDIA
51º COLÔMBIA
54º BRASIL
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